O atleta da Evolução Thai, que até novembro de 2017 atuava em organizações nacionais, conta que teve receio de atuar na Rússia, onde estreou em fevereiro deste ano, mas mostrou que os brasileiros são capazes de vencerem os anfitriões, temidos não só pela qualidade técnica, como também pelas arbitragens suspeitas.

- Minha vida mudou, sou mais respeitado. Tenho o Brasil como meu país, e a Rússia como um país que me respeita. Muitos lá me odeiam, mas muitos gostam de mim, enviam mensagens. A minha vida mudou financeiramente, como atleta e como pessoa. Servi de motivação para muita gente, mostrei o caminho para vencer na Rússia e tirei a fama de que o brasileiro só apanha na Rússia. Estou muito feliz, mudou muito a minha vida mesmo - declarou

O paraibano, radicado em Curitiba há quatro anos, acredita que pode render ainda mais nos próximos confrontos, entretanto, aprovou seu rendimento.

- Estou 100% satisfeito com a minha performance. Sei que posso oferecer mais ainda, mas estou satisfeito porque a luta foi boa, mesmo passando algumas situações de perigo. Fiz uma boa preparação, lutei todos os rounds no mesmo nível em quase 20 minutos de combate. Eu puxei a luta o tempo todo, não recuei hora nenhuma. Enfrentei um cara invicto. Eu bloqueei isso dele, que gosta de andar pra frente, e o fiz andar pra trás. Quero trabalhar mais, melhorar a cabeça com a psicóloga, porque tenho mais a oferecer. Sabia que ele era muito duro, complicado de se enfrentar, com resistência, queixo duro. Fizemos quatro rounds de uma verdadeira guerra, nos matamos. Ganhar de um cara invicto teve uma importância muito grande.

Embora tenha pedido para defender o título em fevereiro, o atleta está de olho na parceria entre M-1 e o UFC, que poderia encurtar seu caminho rumo ao Ultimate.

- Eu desliguei a minha cabeça. Meu treinador e meu empresário pediram para eu não esquentar a cabeça e comemorar a vitória. Em princípio, tenho duas disputas de cinturão. O contrato é de três lutas, só cumpri uma. O M-1 tem parceria com o UFC, não sei se vou ficar ou irei para o UFC. Se eu for para o UFC, será um sonho pessoal. Estou feliz com o que acontecer, pois sou muito bem recebido no M-1. Estão procurando um adversário para mim na Rússia. Descansarei durante 15 dias e pedi para lutar em fevereiro. Vamos sair na porrada, seja o que vier.