Plantão
MMA

Após vitória em estreia no UFC, Johnny Walker quer apoio do Brasil

Publicado dia 19/11/2018 às 10h20min
"Que alguém me enxergue"

Johnny Walker já mostrou que não tem meias palavras para dar seu recado. Neste último sábado, o lutador brasileiro nocauteou em apenas 1m57 o americano Khalil Routree, em duelo no peso-meio-pesado. Foi apenas a estreia do lutador na organização, e ele escolheu representar o Reino Unido. Depois da luta no UFC Buenos Aires, Johnny desabafou e disse esperar por mais apoio. Ele espera que sua performance, que lhe rendeu um bônus de US$ 50 mil, seja o suficiente para que prestem atenção nele.

- Espero que alguém me enxergue agora, porque ninguém me enxergava antes. Não tinha postagem minha, não foto em site ou Instagram de ninguém, todo mundo falando só do Routree, e agora acho que alguém pode me ver. Invistam em mim, galera, estou aqui! Sem apoio nenhum cheguei onde cheguei, imagina se tivesse. E têm muitos mais como eu, que não têm oportunidade. O que falta é isso, as pessoas terem a humildade de enxergar o futuro dentro de cada um: “Esse cara vai dar um futuro bom”, vai lá e investe no cara. Ninguém investe, é um bando de pão duro, se quiser investir estamos aí. E se não quiser investir também, vou continuar sozinho, eu e Deus.

O lutador, que chegou ao UFC vindo do Contender Series Brasil, voltou a ressaltar que escolheu defender as cores do Reino Unido pelo apoio que tem tido onde mora hoje.

- Claro (que vou vestir a camisa do Reino Unido), lá que estão me apoiando. Lá não é nem empresário, a galera é tão gente boa que pessoas normais, pais de família, é que me ajudam, mandam dinheiro, arrumam academia para eu treinar. No Brasil a gente não consegue apoio dos empresários. Pessoas normais na Inglaterra me ajudam, por isso que fico lá (...). Sou um cara patriota, amo o Brasil, mas o Brasil não me ajuda. Não tenho condições de ficar no Brasil treinando. Onde estiver, em qualquer outro país, EUA, China, se tiver porta aberta para mim, vou levar a bandeira. Qualquer país que me apoiar levo a bandeira e é assim que funciona. Quem está me ajudando que tenho que mostrar - disparou.

Apesar de já vencer na estreia e ainda levar um bônus, Johnny Walker disse que poderia ter mostrado muito mais no octógono na Argentina.

- Mais ou menos (como sonhei)... Queria nocautear, mas um nocaute muito mais bonito. Tenho muito mais armas, chute giratório, joelhada voadora, mas dei uma cotoveladinha e ele caiu, então está bom também.

O lutador, que tem um cartel agora com 15 vitórias e três derrotas, disse não ter sentido a pressão pela estreia no Ultimate. Inclusive, elogiou sua força mental.

- Meu emocional é o que tenho de mais forte. Nada me abala. Se acontecer algum acidente, alguma coisa bem grave na minha vida, não importa, vim para fazer meu trabalho e vou fazer. Depois resolvo meu problema, não vai adiantar ficar estressado, chorar, nada vai resolver. Meu emocional é perfeito, vim aqui e lutei, e agora se tiver algum problema vou resolver. Meu emocional estava 100%.

Sobre a luta com Khalil Routree, adversário que vinha numa sequência de três vitórias no UFC, o brasileiro explicou como abriu o caminho para a vitória fulminante.

- Eu estava sentindo os movimentos, vendo qual era a reação dele para os meus golpes. Depois que vi que ele era um pouco lento, que o olho estava sem percepção de velocidade, joguei uns dois overhands desenhados e ele nem mexeu a cabeça. Falei: ou vou dar um overhand ou vou chutar a cabeça, que ele não está nem mexendo e vai pegar. E foi o que aconteceu.

Recém-chegado na organização, Johnny Walker prefere fazer a linha “funcionário do UFC” e esperar por um próximo nome. Mas que seja rápido.

- Quem o UFC botar, está bom. Vou ficar no meu lugarzinho treinando, esperando e preparado para qualquer um. (Quero lutar) o mais rápido possível. Semana que vem dá?

Fonte: sportv.globo.com/site/combate/

Tags Populares



Fale Conosco

Rua Hercília Rossi Mogi das Cruzes
(11) 2378-2425 | (11) 4063-1436 | (11) 98242-1165
michel@e-assis.com.br