Ponzinibbio acredita que próximo passo é encarar vencedor de Dos Anjos x Usman

- Sim, pode ser. Já disse várias vezes que quero lutar pelo título, mas sei que não é matemático. Estou preparado para o que vier, gostaria de lutar com Usman ou Dos Anjos, sei que não devo ir direito para a chance do título. Estou preparado para luar pelo título, vamos ver o que acontece, mas poderia lutar com o ganhador de Usman e dos Anjos, seria uma boa luta.

Indagado sobre quem preferia enfrentar entre os dois citados, Ponzinibbio não escondeu que não gostou de ver o brasileiro recusar fazer a luta principal na Argentina. O UFC propôs a luta a Dos Anjos, atual número 3 do ranking, que disse que gostaria de lutar apenas nos EUA, para que pudesse acompanhar o fim da gestação da esposa.

- Com respeito ao Dos Anjos, tinha falado para lutarmos e ele não quis vir a Argentina. Sempre aceitei todas as lutas em todos os lugares, contra europeu na Europa, contra brasileiro no Brasil, com canadense no Canadá, sempre lutei com todo mundo e ele disse que não podia vir à Argentina. O UFC queria essa luta, me ofereceram um top 5 como merecia, e não gostei disso. Creio que venho ganhando de boas maneiras em boas lutas. Não sei se agora vou estar entre os cinco primeiros, seis primeiros... Gostaria de lutar pelo título, mas se não puder, que seja uma luta que me leve ao título mundial.

Logo após a vitória do argentino em casa, o campeão Tyron Woodley - que participava da transmissão do evento na TV americana - minimizou a condição de Ponzinibbio. O argentino disse compreender a postura do possível adversário.

- Ele está tentando sobreviver o máximo possível com o cinturão, mas quando lutar comigo vou nocauteá-lo e terminar seu reinado. Ele vai dizer que não estou pronto e, quando lutar comigo, vai ser nocauteado e o cinturão vai ser meu. Entendo que ele diga que não estou pronto, porque é a única maneira de escapar.

O lutador de 32 anos, dono de uma série invicta atual com sete vitórias, ainda disparou contra o inglês Darren Till, número 2 da categoria.

- Com respeito a Darren Till, na verdade têm outros lutadores que me interessam mais. Ele não bateu o peso várias vezes, está na divisão errada, e não creio que isso seja profissional.

A respeito da vitória contra Neil Magny, Ponzinibbio destacou a forma paciente e estratégica como enfrentou o americano, minando seu poder a cada round até nocautear no quarto.

- Neil Magny é um excelente atleta, foi uma grande vitória. Fiz um excelente camp, venho treinando muito e me sinto preparado para ser campeão mundial. Tenho em mente ser campeão do UFC em 2019 e trazer esse título para a Argentina, e se meto algo na cabeça sou bastante cabeça dura (...). Sabia que teria que ter paciência, e isso ia fazer diferença para conseguir trabalhar o nocaute. Logo me abriu um corte e perdi a visão esquerda, e isso me dificultou, mas fui minando ele e trabalhando paciente até conseguir o nocaute. Não posso sair como um louco, ele é um atleta bem condicionado, com um bom grappling, e sabia que teria que ir com calma.

Tendo a oportunidade de estrelar o primeiro evento do Ultimate em seu país, Santiago Ponzinibbio não escondia a emoção de estar em casa e poder proporcionar uma grande vitória ao público presente.

- Como disse toda a semana, é um sonho lutar em casa e trazer o UFC para cá. Foi muito lindo, vi todo mundo aqui, me emocionei muito. Fazia 11 meses que não lutava, nunca tinha ficado tanto tempo sem lutar, mas quando começou me senti melhor que nunca com o calor das pessoas. O corte (debaixo do olho esquerdo) me dificultou um pouco porque não via bem, mas consegui o nocaute que foi importante para fechar com chave de ouro.